FIDC:

conheça o fundo que transforma boletos em oportunidades de investimento

Na hora de investir, conhecer as diferentes opções disponíveis é importante pra montar uma estratégia que combine com seus objetivos e com sua disposição em correr riscos.

Dentro do universo da renda fixa, um tipo de fundo que chama atenção é o FIDC — sigla para Fundo de Investimento em Direitos Creditórios.

Sabe aquele investimento fora do óbvio, que pode surpreender? O FIDC pode ser esse personagem na sua carteira.

Ele pode oferecer rendimentos mais altos que os fundos mais tradicionais da renda fixa, mas também traz mais riscos. Por isso, pode ser uma boa opção pra quem gosta de um pouco mais de emoção.

A seguir, a gente te explica tudo o que você precisa saber antes de investir.

O que é umFIDC?

O FIDC é um fundo que aplica o dinheiro dos investidores em direitos creditórios — ou seja, valores que uma empresa tem a receber de seus clientes.

Esses valores a receber também são chamados de recebíveis. Um exemplo comum: quando uma loja vende um produto parcelado no boleto ou no cartão. A pessoa leva o produto na hora, mas a loja só vai receber o pagamento aos poucos, mês a mês. Esse dinheiro que a loja ainda vai receber no futuro é o chamado direito creditório.

Esses recebíveis podem vir de várias fontes, como boletos bancários, cheques, duplicatas (um tipo de documento usado por empresas para cobrar vendas feitas a prazo, como se fosse um boleto) e vendas no cartão de crédito.

O FIDC compra esses direitos com desconto e, depois, recebe os pagamentos que as pessoas ou empresas fizerem. O lucro do fundo vem justamente da diferença entre o valor pago por esses direitos e o quanto ele recebe ao final.

Muitos FIDCs ainda são voltados para investidores qualificados, ou seja, pessoas com mais conhecimento do mercado financeiro ou maior volume de dinheiro investido. Mas uma mudança nas regras dos fundos de investimento permitiu que os FIDCs sejam oferecidos também ao público de varejo, ou seja, a qualquer investidor.

Se antes era só pra quem tinha muito, agora é pra quem quer mais!

Como funcionam os FIDCs?

Assim como outros fundos, o FIDC funciona como um “condomínio de investimentos”. Várias pessoas aplicam seu dinheiro comprando cotas — que são como pequenos pedaços do fundo — e o dinheiro é gerenciado por um profissional: o gestor, que escolhe os direitos creditórios que o fundo vai comprar, seguindo a estratégia definida nas regras do produto.

Aqui, o desempenho do fundo depende do pagamento dos boletos — literalmente.

Existem os FIDCs abertos, em que é possível sacar o dinheiro seguindo as regras do fundo, e os FIDCs fechados, em que o resgate só pode ser feito no prazo final de duração do produto. Por isso, nada de contar com esse dinheiro pro curto prazo, ok?

Por que investir
em FIDCs?

Diversificação:

Esses fundos podem investir em direitos creditórios de diversos setores (varejo, indústria, serviços). Ou seja, o dinheiro não fica concentrado em um lugar só. Ele é espalhado entre várias áreas da economia, o que ajuda a reduzir os riscos.

Praticidade:

Você não precisa escolher em quais empresas investir, nem entender todos os detalhes dos recebíveis. Um profissional faz isso por você.

Mais uma forma de investir em renda fixa:

O FIDC é uma opção dentro da renda fixa pra quem quer sair um pouco do básico (como Tesouro Direto ou CDB), mas ainda assim manter uma parte da carteira em investimentos que não seguem o sobe e desce da bolsa.

Pode ser um bom complemento para seus investimentos:

Como tem características diferentes dos fundos mais comuns, o FIDC pode ajudar a deixar sua estratégia mais completa.

Quais os custos para investir em FIDCs?

Assim como em qualquer serviço, investir em FIDCs envolve alguns custos. Os dois principais são:

Taxa de administração

É cobrada mensalmente para remunerar o trabalho dos profissionais que cuidam do fundo.

Taxa de performance

Pode aparecer em alguns fundos. Ela só é cobrada quando o gestor consegue um rendimento acima do que era esperado e combinado com o investidor. 

Esses valores mudam de um fundo para outro, então vale sempre conversar com seu gerente, assessor ou consultor, entender a estratégia e comparar antes de investir.

Pra quem tem apetite por risco e entende o jogo, os FIDCs podem ser uma carta poderosa na manga.

Tributação dosdos FIDCs

A tributação dos FIDCs segue as mesmas regras dos investimentos de renda fixa. O Imposto de Renda é regressivo: quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, menor será a alíquota (percentual) de imposto.

Até 180 dias: 22,5%
De 181 a 360 dias: 20%
De 361 a 720 dias: 17,5%
Acima de 720 dias: 15%

No fim, o cálculo e retenção do imposto é realizado automaticamente, no momento da venda ou saque.

no fundo você pode

apostar em novas formas
de fazer seu dinheiro render.

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